
Reza a lenda que Floripes, uma celta encantada, deambula todas as noites, triste e sem destino, pela cidade de Freamunde. Prisioneira do seu encantamento e da sua beleza estonteante, representa o medo e o sofrimento da comunidade de trabalhadores da Industria do móvel, do calçado e da confecção, que, inebriados pelo feitiço da bela e misteriosa mulher, com o intuito de desencantá-la, morreriam ao tentar atravessar a estrada ao volante da sua Famel Zundap.
Evocá-la não é senão o pretexto para nos confrontarmos com os temores das gentes do Alto Douro e Minho (se bem que, contrafeitos lá foram integrados na Região do Douro Litoral, facto que renegam) e o seu/nosso maior medo - a morte.